Leio que Maria Alice, que fofinha, viu e falou com o cantor sertanejo Leandro, morto aos 36 anos, da dupla Leandro e Leonardo. Trata-se de um fenômeno sobrenatural? Depende da crença de quem busca uma resposta. A mãe da menina, segundo a reportagem, conta que outras vezes a pequena falou com Leandro. E que quando coloca um chapéu especifico diz que é "Liandro". Que amor.
Isso me lembra cenas passadas com meus próprios filhos: JB com uns três anos, e hoje adulto, pega a foto de Otavio, alguém que ele nunca viu e exclama: "Tio Otavio". Imediatamente a viúva dele, Tia Laurita se emociona e supõe que JB é a reencarnação de seu marido, famoso maestro, e seu grande amor. Será? Esses sentimentos estão no ar, essa amor, a perda mesmo que longínqua em tempo, é próxima de quem perdeu, a personalidade de um ente querido é mencionada, quantas e tantas vezes e nem notamos o que falamos. A criança sim, escuta tudo, grava como uma esponja que está ali. Antenas sempre ligadas. Ela simplesmente devolve as informações recebidas. E com seu pensamento mágico, busca recompensar a família, daquela ausência, procurando faze-la presente.
Minha filha AL conversava com sua "vovó Yvonne" ao telefone. Ela era bem pequena, e já falava tudo, Impressionava a qualidade de perguntas e respostas "recebidas", por Anna naquelas "ligações". E prestávamos atenção ao "fenômeno", não necessariamente sobrenatural. A criança tem uma permanente demanda de amor. Quer atenção. Então repete a cena que foi aprovada. No caso da Anna e sua avó, de onde ela retirava tanta informação? Certamente de nós mesmos. Daquilo que ela escutava em casa, de fotos, de conversas de uns com outros, do amor que aquele nome evocava em nós. E daquilo que é geracional e passa de inconsciente para inconsciente. Se a criança é sensível, capta. E atua, representa. Acredita, realiza. Acontece que as vezes pode haver um exagero. Foi o caso da Anna. Talvez por necessitar tanto de amor e aprovação, as conversas com a vovó foram ficando cada vez mais frequentes. Cada vez mais profundas. E "reais".
Quando o exagero acontece, cabe aos cuidadores da criança, darem um basta nessa excitação, digamos assim. Já sabemos que você pode falar com a vovó. Agora vamos nos despedir dela? Deixa-la descansar? E assim, as conversas cessaram.
Com certeza, os pais de Maria Alice saberão o melhor caminho, e se a brincadeira pode ou não continuar, dependendo da maneira que a menina leva essa história consigo. E tudo bem. A vida segue seu rumo. É muito bom falar de crianças. Só falta eu dizer: me segue para mais....Beijos
Pauline Fonseca ( não sou parente da Virginia, mãe da menina. É mera coincidência)
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