Depois de tanto escrever a vida inteira, um livro, um belo convite, um lançamento, tão rápido que nem tempo deu de pensar sobre. De repente, saiu. Como essas mulheres que nem sabem que estão gravidas e de uma hora para outra um parto, um susto, uma surpresa, um filho.
Pauline Herbach,
Mulheres Sem Prazo de Validade.
Pois bem, agora entendi que preciso correr atrás do tempo em fiquei com a cabeça enfiada nos estudos , o ano inteiro, sem promover as minhas letras como seria o caso.
Não que tenha deixado para lá. absolutamente. Acredito até que para uma primeira obra, tive a imensa sorte de gostarem, comprarem e promoverem gentilmente em diversas mídias, uma felicidade.
O lançamento na Bienal de São Paulo foi o único lançamento que participei até agora, enquanto vejo as minhas companheiras de letras correndo atrás,participando de várias bienais e lançando em várias praças, suas obras. Bacana isso. Preciso fazer assim. Quem sabe já já. Se ainda der tempo nesse final de ano, ou fica para o começo do ano que vem.
Marilice Costi, Gatilho em Palavras
Assim quero deixar registrado que fiquei feliz de ter encontrado autoras tão bonitas por dentro e por fora, como Marilice Costi, que lançou o precioso "Gatilho nas Palavras". E Laura Peixoto, o delicioso "Intriga da Colônia" tão real quanto a vida. E a Elianete Vieira que escreveu um livro sobre informática na maturidade e tem batalhando muito para deixa-lo conhecido.
Laura Peixoto com esse belo" brot", para mostrar o quanto
da cultura alemã contém o "Intrigas da Colonia".
Elas estavam sentadas la comigo, na nossa tarde de autógrafos. Sua presença, alegria e conversa, intercalou com a chegada de meu amigos e pessoas passantes, a comprar meu livro. Uma emoção tão rápida, daquelas que a gente precisa de um tempo para parar e pensar na vida, conseguir incluir, até para pensar no próximo. Sim, haverá um próximo, com certeza, por que assim é o meu desejo. Logo, por que sim.
Elianete Vieira e sua vontade genuína de
fazer sucesso.
Quero encontrar novamente essas moças das letras e quem sabe promover um grande bate-papo, uma espécie de conversa que seria como uma entrevista coletiva, onde todas poderiam falar de suas motivações. de seus interesses literários, de como começaram a escrever. Uma delícia de conversa, que adoraria ter com a Joyce da Rebra, e com tantas outras pessoas que tocaram meu coração. Como o João Scortecci ( Editora Scortecci) , "pai" do meu livro. Aquele que me convidou e acreditou nesse trabalho. Tem um bocado de gente, para saborear, como um prato feito artesanalmente, um livro escrito a mão. Pessoas que tem um tempo de leitura, de escrita, de apaziguamento mental dentro de uma atividade que é quase Zen. Muitas vezes, é preciso um espaço dentro de si, isento de tanta tensão, pleno de inspiração, vontade, alegria e foco, para que aconteça. Não é verdade que só a frustração, o excesso de tensão- que transborda, a melancolia ou a angústia sejam a fonte da criatividade e o "empurrão" para a escrita. Angústia é uma quase uma condição de existência da nossa espécie, e tem gente que não faz nada com ela. Querer expressar-se é a chave da questão. Querer. E depois divulgar, abrir um tapete vermelho para seu material, sem medo de ser feliz.
Vou chamar essas meninas para essa conversa. E pode ser ja já. Tudo vai depender de como estão os ventos lá fora.
20 novembro 2012
6 comentários:
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Bom dia amiga escritora.
ResponderExcluirPerfeita sua descrição da descoberta das palavras em meio à correria diária, casa e trabalho, estudos e, quando possível, lazer. Sem contar ainda (para quem tem) filhos e marido que exige atenção e cuidados.
Participar da Bienal para mim foi a realização antes do sonho, pois jamais imaginei que tão rapidamente eu chegaria a este evento, pois como você mencionou, o "pai" do nosso livro, acreditou em nosso trabalho e nos proporcionou essa maravilhosa participação em um evento internacional do livro em SP.
Ficaram lembranças, fotos, novos leitores e ... amigas! Escritoras que conheci graças ao evento, que estão investindo neste compartilhamento de emoções e conhecimentos, a quem espero rever em breve.
Queridas amigas, sucesso nesta nova jornada.
Beijos,
Elianete
www.elianetevieira.com
Que bacana Elianete,
ExcluirSinto que voce esta bem feliz e correndo atras para dar visibilidade ao seu livro. Acredito que cada uma de nos a sua maneira. Preciso lançar o livro como voce fez, ainda nao deu tempo, mas dará. Que bom que realizou esse sonho da Bienal. Que evento importante. So me dei conta que estavamos na Bienal quando encontrei o Ziraldo, lançando seu livros. Ai abri o berreiro.
Bjao
Camille, isso emociona!
ResponderExcluirSó mesmo que curte tanto: interagir, fazer amizades solidas - mesmo que virtuais, escrever, compartilhar, comentar, responder, sabe o quanto ler um livro editado por um/a amigo/a é um prazer imenso! Uma vitoria e tambem aproximação.
Beijos
Bem bacanna mesmo, conhecer o escritor, como voce mesma fez comigo!!! Obrigada!!! É uma felicidade ver a realização de cada um. É a nossa daqui uns dias, muito bom. De fato , tb uma aproximação.
ExcluirBeijos querida, espero que esteja tudo bem por ai,
Cam
Queria tanto ter ido a Bienal do Livro e acabei não indo. Escrever é uma arte.
ResponderExcluirBig Beijos
Pois fica pra proxima Lulu. Foi bem legal, apesar de todas as polemicas, onde tb nao faltaram meus pitacos, pra variar. Escrever é uma arte, uma necessidade, um registro, é tudo isso. Voce tb sabe disso, todos os blogueiros sao escritores, ou jornalistas ou poetas, profissionais ou amadores? Tanto faz. Passamos dessa epoca. Quem tem compentencia que se estabeleça. E você com a sua competencia ja estabeleceu a sua coluna como alguma coisa de bom a ser consultada. Vale e muito.
ExcluirBjao