30 janeiro 2012

Quer movimentação ? Bota um tubarão no tanque.



Minha filha chegou ontem de viagem e animadíssima com tudo:  essa semana recomeçam as aulas e hoje saímos para comprar um livro que faltava no material. Ela foi , na ida, na volta e durante, falando sobre as suas expectativas com relação a entrar para o sexto ano, quando terá um professor para cada matéria.  Quem vai ser a “líder” da turma ( haja conversa de " mãe psicóloga”, como ela diz), quem saiu, quem será novo. E reiterou a sua vocação e futura profissão: “tubaróloga”.

Tem um fascínio por tubarões, como eu também tinha quando era pequena. E quem não tem? É uma espécie muito interessante: está sempre com fome por que se movimenta praticamente sem parar, enxerga no escuro, tem um radar fantástico. É uma máquina mortífera quase perfeita. Tem lá suas falhas: confunde surfistas de neoprene preta com focas, seu prato predileto, embora digam que tubarão não vê cor. Percebe o contraste, deve ser isso.

Aprendi muito sobre esses  esqualos “fofos” num livro do Jacques Cousteau que meu irmão ganhou, mas quem lia era eu : “Les Requins”. E pensando nos tubarões lembrei  de uma história ótima que ouvi de  um amigo,  há anos atrás:

Dizia ele que  os japoneses são muito sensíveis quanto ao sabor do peixe crú. E sabem distiguir o paladar do que é apenas fresco contra o  fresquíssimo, saído do mar. (também estou aprendendo) Durante a pesca, a prática era a de colocar os futuros sushis ,  em um tanque de água salgada para sobreviverem até a chegada do barco em terra e dali, para a mesa da exigente clientela.
Acontece que fora do seu habitat natural e paradinhos num recipiente, os peixes iam morrendo. Até que descobriu-se uma brilhante solução: colocar um tubarão no tanque.  Diante do perigo e fugindo da morte todo o tempo, os peixes se movimentam e sobrevivem.  Mesmo que o tubarão coma uns e outros, a “perda” é bem menor do que com a prática anterior.

Assim fica mais uma vez provado que “águas paradas não movem moinhos”. E que tal e qual os peixes nós também precisamos de uma certa dose de insegurança para sairmos do nosso “quadrado”.
Se a vida estiver sem graça e você sem ânimo para novas iniciativas, descubra o que faz seu sangue ferver. Mova-se. Arrisque-se.  Para renovar as energias, talvez seja mesmo uma boa idéia, imagine um tubarão no seu tanque.  (foto encontrada em busca no google)

6 comentários:

  1. nossa, acho q nunca me imaginei tubaróloga, acho q está é na genética de vcs hehe. beijos, pedrita

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  2. Uma excelente postagem e uma boa ideia .
    Linda e abençoada semana.
    Beijos :Evanir

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  3. Camille,
    Mas sua filhota tem muito bom gosto, pois o bicho em questão é mesmo espetacular, e, embora seja bem antigo no mundo, tem um visual supersônico, supermoderno. Acho o tubarão o máximo! hehe
    E é isso mesmo, muitas vezes precisamos de um incentivo como um tubarão atrás da gente para que nos mexamos com uma certa rapidez.
    beijos cariocas

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  4. Já chamei o Jacques Costeau da minha infância (hoje, seriam os seus filhos...) e encomendei o meu tuba: ando precisado dar uma agitada em meu tanque! Abraços saudosos!

    P.S.: na minha quinta série, eu já tinha um professor para cada matéria... Será que mudou agora para tudo só começar na sexta?!

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  5. camille, eu só fui ver tubarão no ano passado.

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  6. kakakakaka, tô aqui imaginando os coitadinhos dos peixes fugindo do tubarao.

    Que post mais elétrico Cam. Sabe que nunca tive fascinio por tubarao? Meu fascinio era pelas baleias e ficava impressionada com o tamanhao delas e da calma que elas me transmitiam.

    Muito legal essas coisas da tua filha, totalmente integrada e motivada com o novo ano escolar, isso é tao bom, né?

    Bjao e uma linda terca pra vcs

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