Quem assina jornais on line como Folha de São Paulo, O GLOBO já se deu conta faz tempo que, além das noticias diárias, vem pendurada uma penca de fofocas de pessoas que nunca vimos e nem sabemos quem são. E muito menos, tem importância em nossas vidas. Certo?
Errado. Elas acabam entrando de alguma forma em nossas cabeças, mesmo que seja para uma reflexão sobre o mundo em que vivemos. Posso não saber nomes, mas me faço perguntas. Por exemplo: outro dia li sobre o arraiá de alguém no Maranhão. Essa pessoa convidou muitos ex-"bbbs" que pelo visto se tornou um grupo social, uma categoria. E tb, fulana, "ex- casamento as cegas" e hoje "only fans".... Ai é que me chama a atenção: Casamento as cegas não é por acaso aquele programa da netflix, franquia do americano, "Love is Blind" e agora em sua versão nacional, com um belo casal de atores/ apresentadores- casado- que recebe homens e mulheres hetero-normativos dispostos a encontrar alguém para casar? A ideia do programa é: um circuito de gente, em numero par- mesma quantidade de mulheres e homens. Que em entrevistas rápidas, vão se conhecer (?) durante alguns dias e se escolher sem terem se visto até a hora em que um ou outro fizer o pedido de casamento...
Sim e não. Talvez, quem sabe. Você sabe? Você viu? Você participou? Bom, diante do insosso Big Brother, descubro na contramão que "Casamento as Cegas" virou notícia. Então leio: os participantes recebem cachê.... Muito justo, estão participando de um show, confinados e apartados de seus empregos/ trabalhos e desempregos também. Será que é justo mesmo? Ou é aí que está um dos dramas da dinâmica?
Após a pandemia o Brasil vive mais uma crise, dessa vez com alguma justificativa que não seja apenas a incompetência dos governantes. Digo apenas. Por que durante a pandemia foi aquele horror total, descaso com o ser humano e tal e tal, pelos governos e governantes em todas as suas instâncias. Milhares de jovens que deveriam ter ingressado no mercado de trabalho estão desempregados. Milhares de pessoas baixaram seu padrão de vida, por que o mundo virou de cabeça para baixo.
Para agravar a situação do reality que pode ser apenas um show, vem esse fenomeno, esse boom das pessoas encontrarem saída para sua sobrevivência, seu ganha pão e também para seu narcisismo estrutural, ao participar de um reality show. Quantos seguidores conquistarão e a partir daí , mais dinheiro na internet?
E quem for a esse programa querendo casar de verdade, querendo arrumar um par? Como é que fica essa pessoa? Se muitos, vão ali para ganhar um cachê e ou notoriedade? Será que esse sonho encantado de encontrar um cara metade, metade da laranja ou outra besteira, é apenas uma besteira mesmo? Será que se submeter a uma transa gravada é apenas exibicionismo consentido? O que mais vamos ter daqui para a frente?
Me lembro ha anos atras uma noticia on line, de que uma jovem estaria "leiloando sua virgindade" para uma mostração ao vivo, enfim, tudo isso não cheira bem. Aqui só uma associação de idéias. Meio bizarras..
Qual a solução? E precisa de uma?
Penso que a primeira coisa a fazer seria: não pagar cachê para os participantes desse show. Quem quiser casar, que faça um pé de meia, e arque com essa possibilidade de confinamento por uns dias. É um jeito de barrar uma pessoa que queira utilizar a outra como uma coisa, um objeto, para ganhar um cachê apenas. Se manter no programa até o final- que é um casamento- para ganhar esse dinheirinho mensal.
A segunda coisa é fazer um contrato com aqueles que se aproximam do final, de que não participarão de redes sociais por uns seis meses, para se tornarem elegíveis ao sim ou ao não. Para salvar o possível outro lado do casal, o parceiro/ parceira, também de ser um objeto de uso, trampolim para virar "celebridade". Expor o outro ao contrangimento apenas para fins pessoais.
Do contrário, o programa brasileiro ficará desacreditado. Tanto na entrada de gente a fim de se comprometer com a canoa furada dessa formula de casamento, quanto em termos de audiência. Enfim, minha reflexão de domingo sobre esse assunto de menor importância. Mas que permeia a vida do ser humano, encontrar alguém para amar. Se não é nada disso, me perdoem a ignorância ao tema. Que sejam felizes todos no próximo arraiá que surgir, na próxima festinha grátis, pois tal e qual uma mordida de vampiro, você que passou por ali e ficou até o final, terá se tornado uma/ um pseudo- ninguém nessa "terra de cego onde quem tem olho é rei".
Olá Camille,
ResponderExcluirNão gosto desse tipo de programa. Acho um sensacionalismo exagerado. Imagina você casar sem ao menos conhecer a pessoa? Absurdo.
Qto a Globoplay, eu gosto muito do streaming tem uma boa variedade de conteúdo, inclusive para adolescentes.
big beijos
www.luluonthesky.com
Oi Lulu, pois é. Esses programas sao sensacionalistas sim. Talvez seja tudo combinado... show. Vou olhar a Globoplay. Bj
ResponderExcluir