Hoje é quarta feira de cinzas. Quantas cinzas.. Ah que bom, "todo mundo" brincou. Será? Foi uma alegria só. Será? Foi uma comemoração após a pandemia... pode ser, para alguns sim, uma retomada. Ok.
Todo mundo se resume ao Brasil. O único país que parece parar completamente nos dias de carnaval. Que são longos. Tem a pre´folia, alguns dias antes, quando começa a bagunça.
Tive a ideia serena de desistir, na última hora, de uma viagem: praia. Alguma coisa me disse que não seria uma boa ideia. Pouca coisa parece uma boa ideia no meio da "folia". A possibilidade de pegar uma estrada e ter motoristas imprudentes e bêbados é grande. Mas não é proporcional ao que se abateu sobre e sob São Sebastião, a cidade mais afetada com as chuvas.
A mudança climática está ai, dando a sua cara, sem máscaras, nem fantasia. É isso. Alguém anda se perguntando por que tivemos um "inverno" até quase dezembro aqui na cidade de São Paulo? Por que estava apenas fresquinho na França até boa parte do inverno? Por que as calotas polares estão derretendo? Com a possibilidade de sucumbir países com grandes áreas costeiras? A matéria prima para alimentação tende a acabar no planeta, e provavelmente haverá fome generalizada. Vai ser agora? Não. Daqui uns 30 anos. E daí então? Daqui a um tempão. Vamos viver o AGORA. Sério? Como dizia meu pediatra: "o humano vive do ontem para o depois de amanhã". Se conseguirmos ficar no agora por 1 minuto- 60 segundos por dia, já será um grande lucro.
Então que agora é esse? É o imediatismo inconsequente que estamos vivendo como população mundial. E local: só poderíamos nos dar ao luxo de parar por 5, 10 dias para o carnaval que "se tem direito", se depois desses dias o país acelerasse para cobrir o prejuízo do ano inteiro. Dos últimos quatro anos sim. E de muito mais ainda. Do nosso desperdício de cada dia, por que não tivemos educação voltada ao meio ambiente. Que aliás nos tem no meio. .
"Para tudo se acabar na quarta feira", é a letra da música que começa assim: "tristeza não tem fim, felicidade sim"....Pareço uma pessoa amargurada? Devo estar mesmo. Esse é o nome dos realistas, diante dos alienados de todo. Foi dificil passar esse monte de feriados por aqui. Tudo fecha, como se fosse um direito. A cidade vira um marasmo. Como se tivéssemos em reclusão social. Até bom que estejamos. O que resta "funcionando", meio capenga. Minha filha pegou covid nesses feriados. Foi atendida em uma emergêncial: 5 horas para ser atendida, em hospital particular. Falta de pessoal. Falta de respeito ao próximo.
Ah o covid acabou. Nada como um bloquinho com milhões de pessoas, bailes, para que volte tudo. E daí não é? E daí? "Todos tem o direito a diversão". Será que todos? E quem não pode nem comprar comida? Tem? Quem não tem dinheiro para a condução? Tem?
O país precisa de reconstrução, em sua imensa miserabilidade. A Terra precisa de cuidado e respeito. E nós, se quisermos uma vida prolongada por alguma qualidade, cuidemos.
Nesse momento, pessoas estão soterradas em São Sebastião. Algumas, turistas que foram curtir os feriados. Uma garrafa de um litro de água vendida a RS 93,00, diz o jornal. É a lei da oferta e da procura? É o capitalismo selvagem? É a vingança da desigualdade social? É a humanidade. De novo a música: "é pau, é pedra, é o fim do caminho"?
Parabéns pelo post. Realmente as pessoas parecem que vivem dentro de uma bolha e esquecem que tem o mundo lá fora.
ResponderExcluirBig beijos
www.luluonthesky.com
Pois é Lulu. Que dureza! Obrigada pelo comentario. Bjoss
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