10 setembro 2011

Olhar para dentro de nós. Até aonde somos capazes?


Tenho vivido experiências interessantes nas ultimas semanas. Diversificadas. Processos, pacientes, pessoas novas e antigas na minha vida. O tempo inteiro procuro ser coerente comigo mesma. Mas é claro que eu falho e as vezes bastante.
Hoje me ligou uma amiga da Bahia, que delícia de sotaque e que doçura de pessoa. Ela quer que eu lhe assegure continuidade em um processo terapêutico que vai passar nesse momento. E que seja por internet, não tem outro jeito. Ela em Salvador e eu cá. Fiquei de pensar. Por que tenho visto de fato, que a comunicação via internet é bastante eficaz no sentido de transmissão em tempo real das emoções e sentimentos das pessoas. Está valendo.
Conversei com uma outra amiga via "rede social", chateada que ela estava de estar em casa a noite "sem fazer nada". Me perguntava: o que duas mulheres lindas(obrigada amiga, ela sim uma beldade) e poderosas como nós duas faz em casa a uma hora dessas? Respondi: aprendemos a nos amar mais e mais. A nos conhecer melhor, a cuidar de nossa auto-estima. Sair por ai sem um bom motivo, não faz nenhum sentido.
E assim foram muitos contatos, muitas conversas, da tardinha para a noite. Nem vi o tempo passar. E nem percebi o quanto inteira, feliz e satisfeita cá estou. Eu que andava meio jururu e questionadora dos meus erros. Que bom que passou. A gente passa tanto tempo acertando. Viver já é um desafio espetacular. Com saúde, melhor ainda. Com saúde mental, equilibrio emocional, uma dádiva de nós para nós mesmos. Se eu pudesse transmitir tudo que eu sei da vida hoje, escrevia aqui. Mas com certeza, a transmissão não se faz dessa maneira. Um pouquinho pode até ser.
Então desejo a todos serenidade. Que possamos olhar um pouco para dentro de nós sem fingimento. Sem muita firula ou palavras difíceis e bem concatenadas com frases que tentam florear desertos precisando de muita água para não nos secar goela abaixo. É tão simples. Até por que não há mais nada a fazer, a não ser nos assujeitar a nossa condição humana. Da espécie sofredora, que no fundo sabe que quase tudo ao redor é ilusório, passageiro, rápido. Fiquemos calmos então.
Quem acompanha esse blog há anos, sabe das coisas que já vivemos por aqui. Lembram-se de quando eu e minha filha mudamos de novo para esse apartamento? Hoje eu estava lendo registros anteriores desses nossos diários de bordo e pensando: estamos caminhando. E nos vendo, cada vez mais. Menos imaginário, menos fantasia boba, mais disponibilidade para os outros seres humanos. Mais ouvidos atentos. E um sorriso calmo, por que não?
A. chegou da casa da minha mãe que foi buscá-la na escola. E eu pude desfrutar como há muito tempo não me dava a esse direito, do tempo, do meu tempo de olhar para mim.
Beijos e bom final de semana para todos nós.
( imagem encontrada no google. Esse blog não tem fins lucrativos, Caso voce seja o dono da imagem, colocarei aqui os créditos)

7 comentários:

  1. Cam,

    Texto sereno, gostoso de pensar. Às vezes tememos tanto, fugimos tanto de olhar pra dentro da gente. De repente quando o fazemos a vida exterior fica tão mais leve. Tudo passa!

    Girassóis nos seus dias.
    Beijos

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  2. Olhar para dentro deveria ser uma constante em nossas vidas... Mas... Parece que apesar do pouco tempo elegemos outras prioridades, é sempre bom a gente se dar esse momento para olhar o próprio coração...

    Um ótimo fim de semana p/ vc!

    Beijoooooooooooo

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  3. as pessoas não precisam das outras pra sair e passear. nós somos seres únicos e não precisamos de alguém pra nos sentir inteiras (os). é bom uma relação a dois, mas se ela não existe, não entendo essa obrigatoriedade. é como se só pudéssemos ser feliz se tivermos um "complemento". faz tempo, ainda bem, q não ouço alguém dizer q não vai ao cinema pq está sozinho. ir ao cinema é para aproveitar o filme. pode-se ir ou não acompanhado. tb a ideia q em um sabado à noite temos que sair. quem disse? além de muitos se obrigarem a ter objetos, muitos se obrigam a sair pq essa é a "regra". se sentem mal de não sair pq não cumpriram a regra. pq se estivessem com vontade de sair era só sair. há muitas peças de teatro. atividade culturais que podem ir. não precisam de um outro pra ser feliz. beijos, pedrita

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  4. Oi Cam! Engraçado, estamos na mesma sintonia. Aos poucos deixo de me questionar e me cobrar pelos meus erros e estou me reconhecendo nos meus acertos. Sair a esmo é o mesmo que entrar num labirinto. E tenho escolhido as paredes de mim mesma ultimamente - tem dado muito mais certo! E nosso café?! Você ainda tem meu email? Me escreve para tentarmos marcar! beijos, Deia.

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  5. Anônimo12:24

    Oi Pedrita,
    Tem toda razao minha flor. Eu tb sou assim. Bom motivo para mim é eu querer ir a algum lugar. Ja outras pessoas se referem a baladas, grandes romances, ou sei lá o que. Se esse for objetivo e nao um cinema, no RIo de Janeiro sozinha, onde está a minha amiga, acho que so sobra o esqueleto...nao tenho mais noçao do que é a vida noturna de la..tou forissima!
    Deia minha amiga este café precisa sair. Vamos marcar esta semana? Segunda e quarta a tarde é dificil para mim. Terça e quinta a tarde é possivel. A noite todos os dias eu tenho atividades que eventualmente da para desmarcar: aula disso, aula daquilo. Mas esta encantado, vamos marcar mesmo!!!!
    Beijao para as duas!!!

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  6. O melhor investimento que você pode fazer, é em si mesma

    Bom fim de semana

    =)

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  7. Bom te ver (e sentir) assim, minha cara, com tantas descobertas por entre frestas de conversas amigas e serenas... Já eu fiquei triste de dar dó sem os teus comentários na volta, nem meu 'link' na tua lateral: fui perdido... Mas chega de cobranças, aprenderei a viver sem ti, rs! Abraço grande e sereno!

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