02 julho 2011

Midnight in Paris. Ousadias de Woody Allen fazendo bonito.

Ontem fui assistir ao novo filme de Woody Allen, "Midnight in Paris". Isso significa que, estava tomada pela mágica da telona sim. Poderia ter gostado menos se tivesse assistido em casa, cansada de noite? É provavel. Mas, o fato é que adorei.
Quem assistiu " A Rosa Púrpura do Cairo", do mesmo diretor, em que os personagens saltam da tela e aparecem dentro da sala de projeção, sabe que Woody Allen tem uma enorme capacidade criativa e ousadia em mostrar novas linguagens muito antes de qualquer publicitário aliás pensar nelas. Por que cito publicitários? Cabeças pensantes que tem que dar tratos a bola todos os dias para inventar o que não foi inventado, ou pelo menos reciclar idéias para terem cara de novidade.
Por que vou insistir em falar ainda mais nesses profissionais? Houve um boato, e que pode muito bem ser verdade, de que o filme "Vichy, Cristina, Barcelona" foi um comercial gigante, pago pela prefeitura da cidade espanhola, para fomentar o turismo. Não acho que Barcelona precise, mas se foi de fato assim, Woody Allen é um excelente publicitário.
Melhor ainda nesse filme de Paris. Quem conhece a cidade "luz" ( Curitiba tb atende por essa alcunha) há de reconhecer cantinhos e lugares célebres mostrados ali, por um olhar bem cativante.
E, voltando "A Rosa Púrpura do Cairo", da época em que Mia Farrow era a musa da vez, antes do divorcio conturbado em que o marido ficou com a enteada. ( Bom essa parte acho detestável). É o Woody em Paris como em "Todos Dizem Eu Te Amo", fazendo um esplendido comercial como em "Vichy Cristina Barcelona", e utilizando uma linguagem semelhante ao de "A Rosa Púrpura". Onde sua liberdade e talento em colocar seus personagens em cenários e interlocutores surreais ou improváveis, torna o cinema uma obra de arte muito especial.
Em "Midnight in Paris", o protagonista, roteirista de Hollywood e escritor estreante, está noivo de uma "patricinha" insuportável. E preterido pela moça a cada noite de uma viagem a Paris antes do casamento, vai procurar consolo nas ruazinhas lindas e sutilmente iluminadas da cidade. É quando encontra escritores ja falecidos e que viviam Paris como sua segunda casa, como Scott Fitzgerald e Hemingway ( o bar do hotel Ritz tem o nome do escritor) e com eles, começa uma grande amizade que vai torna-lo mais criativo e solto na sua escrita. O personagem também encontra artistas plásticos como Picasso e Dali. E mais um tanto de outros, sem necessariamente fazerem parte de uma mesma época.
Toda essa licença poética utilizada no filme, cria uma graça enorme e 1h e 50 minutos de puro charme e sedução do espectador. É divertido, alegre e leve. E ainda tem "moral da história" como diz a minha filha. Assim a gente volta a se lembrar que Woody Allen é genial. E mais ainda: que sua produção que não cessa, a cada ano com novas idéias ou antigos ideais ainda tem fôlego suficiente para arrebatar platéias exigentes como garotada culta que estava no cinema, dando risada numa sessão da tarde, a cada referência proposta. Assista, por todos os ângulos é um daqueles filmes imperdíveis.

9 comentários:

  1. Oi Camille,

    Há muito que eu não passo no seu blog, mas sabe que hoje me bateu uma saudade? Estou lendo os textos novos e relendo alguns, matando a saudades de pouquinho em pouquinho.

    Estou tentando voltar a escrever no Verdades, mas a gente sabe que a inspiração às vezes é um demônio de vontade própria, então ainda não apareceu aquele assunto para escrever.

    Bom saber que você continua na vizinhança.

    Bjs!

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  2. eu gosto muito do woody allen, a catherine deneuve nasceu em 1943, está atualmente com 68 anos. beijos, pedrita

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  3. Cam,

    Eu sabia que uma hora ou outra vc ia ver e comentar esse filme, estava só esperando... Qdo vi uma pontinha dele fiquei babando de vontade de assistir, pra conhecer Paris de longe (já que de perto, eu ando desperdiçando todas as oportunidades)!

    Legal. Agora vou ver mesmo.

    E que tantos elogios foram aqueles no blogue? Acho que vc errou de blogue... rs!

    Bjs e obrigada pelo seu carinho sempre!

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  4. Ontem lembrei de vc e sabia q iria falar deste filme- ainda não vi,mas sei que vou adorar. Tem tudo que eu amo.
    Bjs qrda, boa semana, Elianne-laura
    Ah! e pensei tb q a escolha do ator p este filme- o protagonista, foi golpe de mestre- como Woody não tem gde público nos EUA o Owen Wilson o salvará lá:)com a billheteria.

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  5. Anônimo21:32

    É mesmo tem toda razão. Ele pegou mesmo um cara super popular. E olha que o ator esta melhor do que nunca. Um fez bem para o outro, com certeza.
    Bjos

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  6. Anônimo21:33

    Michelle,
    Aproveita as oportunidades para conhecer Paris, por favor guria!! Leva os dois pimpolhos e vai!
    Beijos

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  7. Anônimo21:39

    Guilherme,
    Volte a escrever no seu blog. Voce é publicitario e escrever aqui é um bom exercicio. Principalmente se voce nao "passa a limpo". Escreve direito no espaço do blog e assim acostuma com esse timing, com esse espaço pequeno, para reduzir texto e nao idéiais. Voce escreve super bem. E blogs que ficam sem escrever, ninguem visita para le. Vamos la, um textinho ai. Quando voce escrever, vou la ler com certeza.
    Boa semana amigo!

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  8. Ah, esse filme foi demais, né Camille!
    Eu também amei e curti cada pedacinho
    desse passeio lindo pela Paris de luz.
    bjs cariocas

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  9. Cam, nao gosto muito do Woody como ator, mas como diretor ele dá um banho. Tb gostei demais do filme.

    Bjao

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