Ver novela sempre foi considerado brega. Proclamar que amou uma ou outra idem. Agora, dizer tudo isso numa sexta a noite é coisa de mal-amada. Me lixei. Adorei a novela e nesse momento estou de pijamão secando minhas lágrimas do último capítulo, com minha filha querida dormindo num colchãozinho no chão, por que prometi que hoje ela poderia dormir no meu quarto. Tá bom assim?
Tem mais: amanhã talvez eu assista o bis de Viver a Vida, por que igualmente estarei sem empregada, babás e afins e minha única alternativa a noite é ficar em casa . Sabe o que é melhor? Estou começando a achar chata essa vida de fortes emoções e noites em claro durante a semana ( em claro por insônia decorrente dos inúmeros problemas para resolver, ainda. ) E, por passar as noites de sábado em casa. Isso é muito, mas muito saudável mesmo. Por que eu andava conformada de ter uma vida assim cheia de obrigações e problemas e com um sábado a tarde- por que de manhã tenho que trabalhar-para descansar. Me dava por extremamente contente de poder descansar de vez em quando. Agora quero mais que isso. Oba! Quero descansar sim, e também passear, viajar, ser feliz. Do jeito que tenho e que todo mundo tem direito.
Andaram cassando a minha felicidade e eu aceitei. Agora hei de dizer: não. Chega. Vamos em frente que ainda há muito que viver a vida.
E assim volto ao assunto: a novela do Manoel Carlos, meu muso atual. Por que escrever bem é o minimo que se pode esperar de um homem. Mulher já escreve naturalmente. ( Hehehehe, brincadeira) Mas também é meu muso atual o talentoso Mateus Solano que fez Miguel e Jorge. Acho que deu para o público em geral entender a diferença entre um ator e por exemplo, o Gianeccini não é?
Enfim, não vou escrever tudo outra vez aqui. Leiam o texto da Lulu, ela fez uma ótima crítica a novela. Outro dia, antes do post de Giverny, escrevi um post gigante também sobre a novela e não consegui publicar. Está em "rascunhos", não sei o que deu, mas foi meu segundo problema no blogspot. O primeiro, foi um post que apagou. Mas vou guardar esse texto, como lembrança de uma história que acompanhei desde o inicio e adorei. Com um núcleo pobre pequeno e talvez por isso mesmo como disse bem a Lulu, pouca audiência. Mas não vou ser hipocrita agora não. Num país em que é considerado classe B ( que classificações cretinas, parece que o B é pior que o A e mellhor que o C) quem tem uma geladeira em casa, quem tem um computador e pode ser dar ao luxo de ter um blog para se divertir é o que então? Não escreve gato com jota nem saudade com C como diria Morangueira, foi a escola, tem profissão liberal. Nucleo pobre da novela é que não é. Assim, vou dizer pela milésima vez: me identifiquei ali com aqueles burguesinhos e seus dramas. Sim, de verdade. A história foi bonita, bem contada, comovente com a Alinne Moraes dando um show de talento e sensibilidade. Só achei que faltaram alguns capitulos talvez com alguns esclarecimentos, como lembrou o Milton, no blog da Lulu, o José Maier galã mini-Wando, estava falido e não se falou mais nisso. No final o baixinho se deu bem. E o mundo não é assim também? Cheio de canalhas que choram umas lagriminhas e todo mundo aplaude , acha que o cara é bonzinho e pode continuar rico? Até nisso o Maneco( meu íntimo) foi verdadeiro. Matou o Bené, favelado , traficante e pobre, ( por que se fosse rico estava impune) e fez a Sandrinha voltar para a casa da mamãe no conforto de Búzios. Tudo bem. Búzios é lindo( que saudades). Ela merece. E nós também: vimos belas paisagens, meio maquiadas com umas tomadas em Angra dos Reis, que eu conheço bem aquilo lá. Dando também uma camuflada nas inumeras lojas, lojinhas e lojonas que hoje qualham o baneário, mas valeu. Tinha que ter um pouco de sonho também.
Deixou de ser a novela da primeira Helena negra e passou a ser a da primeira protagonista cadeirante, papel de Alinne Moraes. Trabalhou com preconceitos, com estigmas, com uma porção de coisas importantes sim e no estilo que o cara sabe apresentar. Elitista. Valeu,valeu, valeu. Amanhã vou ver se contrato uma baby-sitter. Vou passear, eu hein? Chega de choro, de novela, de tre-le-lé. Amém. ( foto encontrada em busca no google)
Vi apenas um capítulo ou outro, já fui fã do trabalho de Manoel Carlos, mas hoje sou indiferente a ele. Sei lá, não aguento mais ver o Brasil a partir do Leblon. rs
ResponderExcluirAcho que ele deveria ampliar os horizontes. Mas estou feliz que tenha acabado para poder ver Passione, está vai me levar para a frente da televisão, com toda certeza. rs
Bacio carissima, linda semana pra vc
Esse post não tinha aparecido nos meus feeds, achei agora. Gostei mais de Mulheres Apaixonadas, acho que o Manuel Carlos, podou a Helena, mas gosto dessa história tipo classe média, é divertido e a gente pode se identificar.
ResponderExcluirO Zé Mayer vendeu a casa da praia para cobrir seus rombos, como ele disse, é duro perder patrimônio.
Bjs