14 novembro 2007
Sem sombra de dúvidas
Primeiro foi a sombra. Não como a de Peter Pan, uma sombra animada e sapeca, que se podia costurar. Essa era sombra sombria, dessas que precisam se esconder para não deixar nenhum rastro. O sumiço era conseqüência de seu dono, que tudo omitia, mentia, dissimulava. Um dia ele mesmo sumiu. Olhou no espelho e nada viu. Sua história estava tão truncada, que agora só existia como realidade em sua cabeça. Ninguém mais poderia ver o que só ele enxergava, nem o espelho. Agora sim ele tinha se tornado aquilo que sempre quisera fazer acreditar com suas meias verdades, cheias de detalhes e minúcias para parecerem íntegras. Finalmente, ficou transparente.
11 comentários:
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Gosto dessa coisa da sombra, muitos a vêem como algo ruim, eu tbm, mas hj já vejo com outros olhos, é uma parte de mim, tá lá, mesmo que escondida.
ResponderExcluirAmiga o blog da Ciça mudou de end, vc já viu?
O meu tbm mudou, mas vi que vc deixou recadinho já no novo end.
Bjokas
Camille, mto bom seu mini conto. Denso, tem ritmo, vai crescendo.
ResponderExcluirBjs querida, Laura
Eu desconfio até da minha sombra...bom feriadão por aí e mais minis contos!
ResponderExcluirOi Camille,
ResponderExcluirum mini conto muito bem argumentado. Parabéns!!
Bom feriadão!!
Beijo grande
eu amei esse mini-conto lembrou a história de alguém ... risos
ResponderExcluirBeijinhosssss
Por favor!
ResponderExcluirAjuda a que se faça Justiça a Flávia. Se és um ser com sentimentos, ajuda!
Eu jamais invadirei teu blogue, garanto! Mas ajuda.
Repara bem: eu, tu, seja quem for, tem nosso pai, nossa mãe, nosso irmão ou irmã, ao longo de 10 anos em coma, que vida será a nossa?
Se não tivermos a solidariedade de alguém com sentimentos, que será de nós?
TEMPO SEM VENTO
Ah, maldito! Tempo,
Que me vais matando,
Com o tempo.
A mim, que não me vendi.
Se fosses como o vento,
Que vai passando,
Mas vendo,
Mostrava-te o que já vi.
Mas tu não queres ver,
Eu sei!
Contudo, vais ferindo
E remoendo,
Como quem sabe morder,
Mas ainda não acabei
Nem de ti estou fugindo,
Atrás dos que vão correndo.
Se é isso que tu queres,
Ir matando,
Escondendo e abafando,
Não fazendo como o vento:
Poder fazer e não veres
Aqueles que vais levando,
Mas a mim? Nem com o tempo!
David Santos
Camille querida,estou em falta com os amigos é que estou passando uns dias em Rio das Ostras e o computador aqui é bem disputado.
ResponderExcluirMuito bom o seu conto. Desejo uma semana iluminada.
Beijos, Edna
falar sobre sombras e condutas... sofisticado ;)
ResponderExcluirPessoas que passam a vida mentindo, vivem um vida de mentira. Não existem!
ResponderExcluirUm mini-conto para muitos pensamentos.
Bom fim de semana! beijus
Nem ele acreditava na sua história, era uma farsa.
ResponderExcluirdias lindos flor
beijos
Oi Cam,
ResponderExcluirTo passando pra saber as novidades e deixar um beijo grande!