A cena de ontem era Nina, empregada de Carminha, de quem tem um ódio mortal, se vingando da patroa, com uma chantagem: se você não fizer o que quero, vou contar ao seu marido, sobre seu amante. Nina havia espalhado fotos do amante da tal fulaninha, por todos os lados. Então vemos Carminha obedecendo, se sujeitando, com ódio na cara, mas vencida.
Interessantes esses ódios: a emprega poderia pedir dinheiro, coisas materiais. Mas o grande interesse é ver a patroa no lugar de empregada/ escrava/ humilhada. Como Nina devia se sentir. E pelo ódio, Carminha deve ser mesmo esse monstro que o Brasil anda comentando.
Ja que dessa passei longe, sem querer, por falta de poder acompanhar mesmo, faço uma observação, que a mim pelo menos, parece interessante:
Giulia Gam e Marilia Pêra em Primo Basilio
A cena de Avenida Brasil, me lembrou alguns capítulos da minisserie "Primo Basílio" de Eça de Queirós, belissimamente produzida pela mesma TV Globo: Giulia Gam era a patroa, Marcos Paulo, o amante, Tony Ramos, o marido traído. Todos excelentes. E Marília Pêra, espledorosa, na pele da megera da empregada, que chantageia a patroa com relaçao ao seu amante. Uma tremenda de uma crítica aos costumes da época, Eça de Queirós já fazia. Maravilhoso.
Nina como Lisbeth, enterrada viva.
E por que uma coisa me lembrou a outra? Ah, nossa cabeça.... vai saber! Talvez por ver cenas tão bem representadas nas duas novelas. Talvez por que muitas vezes se encontra inspiração de uma coisa na outra. Como por exemplo: vi uma foto em out-door de revista, ou algo assim, da Nina com terra no rosto. E uma chamada que dizia algo sobre um suposto enterro, viva. O que me lembrou também uma cena de "Os homens que nao amavam as mulheres" de Stieg Larson, quando a heroina Lisbeth -figura de feições tão delicadas quanto as de Nina- é enterrada viva pelo próprio irmão. Um ódio "familiar" sem limites.
Enfim, escrevi o inicio do texto no dia da tal cena e larguei. Agora não sei que dia foi. Vou dar um "publicar" aqui e depois vejo. Fazer o que? Acho que foi sábado. Tanto faz. O importante é que Adriana Esteves e Debora Falabella estão fantásticas. E isso me lembra..... uma vez em que disseram que Adriana não era suficientemente boa atriz para ser protagonista. Acho que foi em "Rei do Gado". A inveja é uma m. Ela estava muito bem no papel de mocinha da roça. Mas por causa da falta de piedade e excesso de inveja alheia, teve uma depressão. Pois agora está vingada, como a estrela malvada da novela das 21.00h. Nada como um dia após o outro
Carminha/Adriana Esteves dando um show
de interpretação.
Fotos encontradas no Google, de cenas da novela Avenida Brasil, da TV Globo.
Alguns atores da Rede Grobo prim-prim vão a programas de entrevistas e dizem que no quesito novela os atores são chamados para atuar de acordo com a "pastinha" à qual pertencem. Daí nos surpreendemos com atores tradicionais executando papéis pouco usuais, foi alguém que arriscou ali... Tem gente que só quando vai pra fora é que consegue um papel de destaque e se mostra. Outros só no teatro... Minha sogra tomou um susto outro dia quando soube da opção sexual do Nanine e a exclamação foi do tipo "mas ele é o chefe da Grande Família!", aquele seriado em que o Pedro Cardoso faz caras e bocas. É por aí... Quando um cara como o Wagner Moura, um dos grandes atores da atualidade, começa no humor, o clássico humor baiano, começa no teatro, ralando pra divulgar a peça, depois faz vilão em novela, exibe opinião crítica publicamente, faz filme brasileiro de policial, o cara cresce e não sobra dúvida sobre sua boa atuação.
ResponderExcluirBjs,
Michelle
Realmente acredito que seja assim como voce esta contando: cada um tem sua pastinha. E... salta uma Adriane Esteves boazinha ai? Quer uma vilã, manda a Beatriz Segalll ou a Gloria Pires que encara todas e nao faz questão de ser bonitinha. Agora quando a gente vê a versatilidade do Wagner Moura, na representação da Esteves em papel inusitado, é muito bom. E para eles deve ser excelente, sair da pastinha e entrar em toda pastinha boa que tiver. Bjao
ResponderExcluirCamille, concordo com você. Tanto Adriana Esteves quanto Debora Falabella estão dando um show de interpretação. Todo mundo comentava no twitter que parecia Primo Basílio da empregada chantagear a patroa que traiu marido com o amante. Houve até uma cena que o próprio Tufão lia esse livro. Fiz dois posts pras duas.
ResponderExcluirBig beijos
Genial, nao li no twiter. Entrei la uma vez e desisti, nao entendi como funciona. Pareceu legal. Entao bingo! Realmente a cena foi inspirada no Primo Basilio. Para mim é a vingança de Adriana Esteves podendo mostrar toda a intensidade que as pessoas entendem como intensidade- a má. Por que ja a vi em papeis excelentes, intensos, mas de boazinha. Ser comparada com Primo Basilio é um luxo.
ResponderExcluirBjao
A novela se baseia no Primo Basilio, tanto assim, se nao estou enganada, a Nina deu o livro ao Tufão. Adriana Esteves tem dado um show de interpretação, para mim sempre foi otima. A crítica costuma ser cruel contra tudo e todos, devemos dar mais créditos ao que planejamos assistir, normalmente não erro.
ResponderExcluirDe qq modo, como não suporto cenas de agressividade e afins, não tenho mais assistido a batalha entre as 2 personagens. Prefiro amenidades.
Bjs
Ah se baseia no Primo Basilio!!! Entao se baseia muiiiiiiiiiito mesmo, por que de cara foi a primeira coisa que noite: ja vi essa cena antes... E me impressionou que as a dupla atual nao estava fazendo feio de jeito nenhum para a diva Marilia Pera e nem para Giulia Gam que ja foi elogiadissima , com toda razaõ, pela critica de teatro e televisao. Viva Adriana Esteves e a melhor volta por cima. Mas eu tb so assisti aquela cena. meu negocio é comedia romantica, filme frances. Nada de gritarias e excessos, ah cansa.
ResponderExcluirBjao querida, boa semana!!!