23 junho 2007

Mulher, seja mais você.

Fico extremamente contente de perceber que conseguimos manter um diálogo uns com os outros, bloggeiros, com nossas visitas e comments de posts de amigos. E por isso mesmo, decidi escrever este post sobre os comentários do post abaixo. Sobre o que compreendi do que foi dito por quem comentou e pelo que eu mesma escrevi.
Quando falei da peça "Os Homens São de Marte e é pra lá que eu vou", deu para imaginar que eu estava surpresa com a atitude e os sentimentos da personagem, desesperada por arrumar um relacionamento firme com algum homem. Indo atrás de "qualquer coisa que se mexa", como diria meu irmão. E assim, recebi diversas explicações interessantes sobre a solidão, a necessidade de companhia, o desespero que algumas mulheres- e homens-vivem, em busca de uma afirmação profissional por exemplo, deixando escapar o que a vida tem de melhor, como disse por exemplo a Luma. Ela tem razão, eu sei disso. Antes de me casar pela segunda vez, fiquei solteira por um tempo. E antes de me casar pela primeira vez, também era solteira. Só que aí, muito , muito jovem. O que não me livrava do sofrimento.
Penso que nós mulheres estamos sempre correndo atrás de encontrarmos alguém que nos ame e de preferencia, muito. Alguém que nos complete, todo sujeito quer, independente do gênero. Mas vamos nos ater as mulheres. Para conseguir esse ser amado e que nos ame com tudo que tem direito a gente luta, e muitas vezes se adultera profundamente, na tentativa de agradar, de parecer perfeita aos olhos do outro. Ou parecer perfeitamente encaixada com o outro, no pensar dele. E aí a coisa dana. Por que nem sabemos direito o que o nosso pretenso par de fato é , de fato quer e de fato pensa. E acabamos sabendo menos ainda de nós mesmas. Vamos mudando tanto, tentando nos moldar de tal maneira que do começo ao fim da linha, o camelo virou avestruz. E ai como voltar a sermos nós? E como sermos amadas pelo que somos se já não somos nós?
É isso que a peça mostra muito bem. E ao final a personagem consegue estabelecer uma relação duradoura com seu namorado, depois de muita terapia e da possibilidade de compreender que ela poderia fazer suas próprias escolhas( usando as palavras dela) e não apenas ser a escolhida ou a não escolhida. É uma baita diferença.
Por que se nos trairmos tanto, nos tornando mesmo adúlteras de nossa propria história, personalidade, desejo, que confiança teremos para criar laços com alguém? Se não gostarmos de nós primeiramente, quem vai gostar? É disso que se trata a tal comédia.
E adorei os comentários de vocês. A gente pensa junto, pensa melhor. E que nossos blogs sejam mais um caminho de reflexão e estima. Beijos e boa semana. Camille

4 comentários:

  1. Anônimo22:51

    Não entendo pq a primeira coisa que a pessoa faz quando ama é tentar mudar o outro, pq mudar se justamente foi daquele jeito que se apaixonou? E a permissão dessa mudança é justamente isso: não estarmos satisfeitos conosco a espera de um sinal -muda que fico contigo- e pronto! perde-se a personalidade, o amor próprio e ganha-se a solidão e dor...Temos sim que nos amar, nos valorizar para que o outro nos veja como somos não como ele quer ver.
    Flor, me manda seu e-mail que te mando o texto,ok?
    lindos dias,
    beijossss

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  2. Oi menina!

    Realmente estamos em sintonia e isso é muito bom. Esse é o lado "cool" da vida blogueira, e eu gosto.

    beijos querida e boa semana.

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  3. Amiga tenho duas coisas a dizer:
    Coisa 1: venha "simbora" para cá, e logo :D.
    Coisa2: ou você escreveu sobre mim especificamente neste post, ou então eu vou ter que assinar ele junto com você...hehehe.
    Um cheiro nesse coração lindão.

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  4. Anônimo10:10

    Ontem vi uma entrevista com um monge budista na qual ele dizia que se você procurar a felicidade fora de você, sua felicidade ou sua vida será como a bolsa de valores com muitas oscilações.
    Eu penso que ninguém deve colocar sob a responsabilidade de ninguém sua felicidade, a felicidade é um estado que depende da atitude de cada um.

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