13 setembro 2011

O Rio de Janeiro e minha relação com o tempo.


O Rio é uma cidade engraçada. Quando não faz sol, os cariocas quase que pedem desculpas aos turistas, como eu. Realmente desolador, voce levar biquine, tenis, short, tudo para dar a tão cobiçada caminhada do Leblon ao "Arpex" e estar friozinho e chuvoso feito aqui em SP...Rio com sol, faz parrrte.
Mas não era sobre a temperatura realmente que eu queria falar. E sim do tempo, tempo logico, cronológico, qualquer tempo.
Estive no Rio de domingo para segunda-feira. A questão é que tenho encontrado nessas redes sociais, amigos que não via há seculos. E que não deixaram de ser, mesmo eu tendo me afastado por muitos anos, ao contrário. Nosso reencontro virtual reforçou nossos laços, lembranças e um compartilhar de nosso futuro. Não tem coisa mais deliciosa do que encontrar pessoas que viveram as mesmas coisas que a gente viveu, tem as mesmas referencias, e poder pensar junto o que vai ser daqui para frente, trocar mil idéias, alimentar um ao outro como diria Nilton Bonder sobre o paraíso. Assim avisei a uma multidão, felicidade para meu coração, de que iria estar no Rio de domingo para segunda. Mas que só teria um tempinho no domingo. Segunda estaria dentro de uma clinica psi, conhecendo tudo para fazer um trabalho e voltando a noite para cá. Eta aeroporto Santos Dumont muito melhor que o nosso Congonhas hein? Depois daquele incendio que foi um estrago de fato, ficou excelente. Tudo funciona bem. Sem decepção. Dessa vez me coloquei a avaliar.
Fiquei muito emocionada de encontrar alguns amigos. Muito mesmo. Um carinho, uma alegria. E muito feliz em deixar mensagens para outros me encontrarem no lugar X. Ontem fiquei ilhada e sem telefone. 10.30H da noite, já de volta, descubro que tinha uma "tchurma" me "encontrando" num café que eu amo. Foi colocar meu celular na bateria( esquecida) que me dei conta do engano. Deixei recados e as pessoas simplesmente entenderam segunda depois da clinica e estavam lá. Como são amigas entre si, lá ficaram dando risada quando eu repondi aos recados... De toda maneira adorei o "desencontro", me senti tão amada, querida e esperada na minha cidade. Mesmo não me reconhecendo tão mais pertencente aquele lugar, existe alguma parte minha que sempre estará ali.
Esses dias alguma coisa me fez questionar se voltaria a viver no Rio. Até por que Anna Luiza adora a cidade. Mas acho que não. Minha alma peregrina está sempre querendo ir para frente. E não para lugares passados, situações passadas. A vida já é uma passagem, então é melhor aproveitarmos para seguirmos em frente. Eu sou meio assim.
No mais, a clínica que foi um achado e vai fazer ainda mais sentido na França, deu mais um UP no meu sempre renovado entusiasmo pela vida. Por que recentemente fui imprudente e precipitada. Fui muito além do que o meu termômetro emocional, a minha sensibilidade mais verdadeira, gostaria de se permitir. Meu coração está em suspensão, tb em suspeição e dando tempo ao tempo.

9 comentários:

  1. faz um tempinho q não vou ao rj. ia com uma certa frequencia, agora tenho ido menos. beijos, pedrita

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  2. Pois é Camille, o que nos une através dessas redes é justamente o que você falou e aqui, por incrível que pareça, ainda é uma cidade que as pessoas se gostam e mesmo com as dificuldades do dia a dia, acabam dando um jeitinho para se encontrarem, nem que seja num barzinho ou numa livraria.
    bjs cariocas

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  3. Oi, Cam!!
    Que coisa boa rever amigos antigos e perceber que o tempo não passou. Meus amigos mais antigos estão espalhados pelo mundo e seria muito difícil reuní-los. Acha que vir morar no Rio seria um retrocesso na sua vida? ;) Beijus,

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  4. Camille,

    Muito bom sentir-se amado(a). Assim como é também muito bom ter uma cabeça pronta para alçar novos vôos.

    Girassóis nos seus dias.
    beijos

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  5. Sempre estamos num impasse, ás vezes queremos voltar para o lugar de origem ao mesmo tempo que queremos ir para novos lugares.Obrigada pelo comentário no meu blog, e então como vai você ? ;)

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  6. Houve um tempo que eu colecionava amigos e ficava ansiosa por "completar o álbum", aí acordei, digo, mudei. Não sem decepções. Depois conheci um cara que se virava tão bem sozinho, isolado, e que tinha tanto para me ensinar que comprei a ideia dele. Depois, acordei, digo, mudei. Novamente. Nos novos tempos ando numa fase transitória, nem aquilo, nem só daquele outro, há que se dosar.

    Compartilho do "sempre querendo ir para frente, não para lugares passados". O que não é mau, só uma preferência.

    Bjão,

    Michelle

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  7. Tb sinto desejo de voltar p o Rio- acho q um dia voltarei- velhinha, quem sabe. Os filhos gostam demais de lá- querem voltar.
    Fico curiosa sobre a clínica q vc foi. Bom qd a gente sente esse Up.
    Vou à Sampa no início de novembro, acho- tb ao Rio- quero te conhecer.
    Esta semana faço anversário e pensei q vc era uma das pessoas do virtual q eu gostaria q estivessem festejando comigo.
    Bjs
    Elianne-Laura

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  8. Morro de saudades do Rio e Rio sem sol não combina. Big Beijos

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  9. Anônimo00:05

    Puxa, obrigada Eliane/ Laura.
    Michelle, concordo que é so uma preferencia. Tsmbem estou numa fase de transiçao. Passei tres anos optando pela quase completa ausencia de seres humanos a minha volta. Normal um pequeno momento de euforia. Meu melhor amigo é a Psicanalise...
    Bjos para voces todas. Lulu tb!

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