05 agosto 2008

Assalto no Sushimar

Foi uma hora da tarde. Deixei minha filha na escola e no caminho de volta pensei: vou dar uma paradinha e fazer um "relax" num restaurante que conheço ha anos, tem comida boa e sempre fresquinha , alem de preço honesto. Sushimar. Como está sempre cheio na hora do almoço, não me atrevi por causa do sol, a ficar numa mesinha que sobrava do lado de fora. Amém. Pedi uma mesa no segunda andar. Onde uma tropa de executivos comemorava um aniversario numa mesa bem grande. E eu sozinha, tudo bem, so para fazer uma horinha. De repente,uma barulheira de vidros quebrando. Parecia briga de filme. Sabe quando um empurra o outro para um bar e quebram-se todos os copos? Era um bar com copos quebrando sim, mas era um... assalto. Panico. O grupo de executivos se levanta e vai a toda em direção a uma porta fechada. Pensei que era saida de emergencia, mas era o quarto de descanso dos funcionarios. Muito bem arumadinho e limpo por sinal.( Nessas horas a gente vê esses detalhes também não é?) Enfim, peguei meu celular quase sem bateria e liguei para que alguem chamasse a policia. Foi a conta, o celular apagou. Fora isso, assisti ao fenomeno de grupo acontecendo ali, na minha frente. Quanto psicologo não daria um bombom para estar ali no meu lugar: o grupo de amigos sentou tão apertadinho um do lado do outro, como se formassem uma massa unica. Eu fiquei espremida entre eles, que não abriam espaço nem para que eu me levantasse. Eu estava no vão da parede e ali tinha uma fresta de um final de armario. As mulheres me gritavam: atocha a minha bolsa ai! E eu dizia: bom se um ladrão entrar aqui vai levar o que quiser, não cabe mais bolsa nenhuma e as que couberam estão visiveis. Mas as pessoas estavam alteradas. E eu era a unica estranha naquele ninho. Coisa que eu so vim a perceber na hora em que a porta se abriu e o assalto se desfez: os dois ladrões armados, tinham seguido um funcionario do restaurante que foi ao banco com certeza, pegar troco. Vieram seguindo-o de moto e causaram o maior tumulto ao entrarem restaurante adentro na perseguição: quem estava no térreo se enfiou debaixo das mesas. Pessoas cairam no sushi bar e dai a louça e os vidros quebrados. Uma mulher gravida caiu de costas, mas não se machucou, ainda bem. E na saida do quartinho é que me deparei de novo com o grupo do aniversario ja sentado e de novo sorrindo, me pedindo desculpas pelas grosserias causadas pelo panico, enfim voltando cada um a ser a sua propria pessoa individualizada. Por que em um pequeno fenomeno de massa como esse já da para dar um idéia do quando um grupo em panico é capaz de massacrar. Imagina uma cidade, um povo, uma guerra. Um episódio para se pensar. Sem mortos nem feridos.

Outro assunto: outro dia vi 'Ao Entardecer" com Vanessa Readgraves e Claire Danes. Super vale a pena. E acabei de ler Jane Eyre, também é um primor. A capacidade dela de descrever o ser humano, nem Freud teria esse requinte, ora, não teria mesmo. Taí uma sugestão boa.

23 comentários:

  1. Que susto Camille! O interessante são as reflexões que vem depois da experiência. No seu caso, acho que a violência do grupo causou mais trauma do que a violência do assalto. Sendo que o "grupo" está em todo lugar, massacrando o indíviduo, seja numa situação de tensão ou não. O mundo está um deus no acuda mesmo! bjs

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  2. Camila

    Somente no blogger, seria bom vc copiar o link de seu blog, no haloscan nao precisa.

    A aniversariante de hoje e a Vera Froes que vc linkou aqui.

    Beijinhos

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  3. Menina, que susto!
    Tadinha, ainda bem que está inteira.
    Grupos são um perigo, são capazes de massacres mesmo.
    Quase te esmagaram, foi?
    Li Jane Eyre qdo era bem mocinha, vai ver por isso gosto tb de Freud e de gente :)
    Bjs Laura

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  4. Oi Cam!
    Nossa, q susto hein.Ainda bem q td acabou BEM...
    Recebi seu email, vou te escrever dp,prometo.Preciso só de um tempinho p colocar a vida e as emoções em ordem.
    Meu pai faleceu dia 30 e estou entre altos e baixos. Horas fortes, horas desabo...mas assim é a vida.
    Difícil mesmo é está longe nessas horas...ah se eu tivesse asas e pudesse voar, com certeza estaria nesse momento junto com os meus.
    Bjos

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  5. Deus me livre de vivenciar isso outra vez. Eu presenciei umpara mais nunca. Me deu calafrios. Foi dentro de um banco.
    O sangue da gefnte gela e parece que o temponpárqa

    que bom que tudo acabou bem
    dias felizes
    http://eueorenascerdascinzas.blogspot.com/

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  6. Anônimo15:09

    Nossa! Eu nunca passei por um momento tã tenso quanto esse e espero nunca precisar suportar o suspense dessa situação!

    Quanto ao grupo de executivos, as atitudes individuais dariam enormes tratados psicológicos.

    Talvez Charlotte Brontë conseguisse descrever com minúcias as reações de pânico dessas pessoas. Em Jane Eyre, escrito como uma autobiografia da personagem, ela retrata a emancipação da mulher e de seu espírito, provando que a mulher era perfeitamente capaz de trabalhar e ter uma vida independentemente de se casar ou não. (eu sou fã da literatura inglesa do século XIX)

    Beijos.

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  7. Realmente uma situação de pânico.
    É assustador, tanto o fato em si, pelos bandidos envolvidos, quanto o caos que isso pode provocar.
    O pior é pensar que qualquer um de nós, está sujeito à isso.
    Não está fácil viver em uma cidade grande.
    Felizmente tudo acabou bem.
    Um beijo menina.

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  8. Amiga do meu coração, graças a DEus que foi só o susto e que vc está bem! Esse seu relato me fez mais uma vez ver que nós vivemos num tipo de guerra civil velada...enfim. Um beijão bem grandão e se cuida!

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  9. Feridas na carne vc quer dizer??? Loucura... gracas a Deus vc está bem!!!

    Minha flor, olha me endereco aqui

    www.cissa.eu

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  10. Anônimo09:36

    Gente aconteceu uma coisa super estranha aqui: ontem tinham 7 comentarios, hoje tem 3. Sumiram com os comentarios e nada diz aqui que foram as proprias pessoas que retiraram. Nao fui eu tb nao. Inclusive respondi a alguns deles. O que será que esta acontecendo com este provedor?

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  11. Aí que perigo...eu não queria está no seu lugar...vixe!!! Bjks

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  12. Anônimo14:04

    Que horrível minha flor, imagino o pânico e sob pressão não existe consideração, cada um por si, infelizmente.

    Já sofri três assaltos a mão armada, num deles, eu grávida de oito meses e revólver de cão puxado na minha barriga, foi meu pior momento...levaram tudo mas saí ilesa.[ou quase,rss]

    Estou de volta depois de um susto, com final feliz.

    lindos dias, flor
    beijos

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  13. Anônimo14:06

    Minha flor, imagino o pânico, infelizmente nessa hora não existe consideração nem respeito, cada um por si :(

    Já sofri três assaltos a mão armada, num deles eu grávida de oito meses fui abordada com revólver na barriga, levaram tudo mas saí ilesa[ou quase, rss]

    Estou de volta depois de um susto, com final feliz.

    lindos dias, flor querida
    beijos

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  14. Anônimo14:07

    Estou comentando mas não salva :(

    beijos flor

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  15. Anônimo14:08

    Minha flor, imagino o pânico, infelizmente nessa hora não existe consideração nem respeito, cada um por si :(

    Já sofri três assaltos a mão armada, num deles eu grávida de oito meses fui abordada com revólver na barriga, levaram tudo mas saí ilesa[ou quase, rss]

    Estou de volta depois de um susto, com final feliz.

    lindos dias, flor querida
    beijos

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  16. Minha flor, imagino o pânico, infelizmente nessa hora não existe consideração nem respeito, cada um por si :(

    Já sofri três assaltos a mão armada, num deles eu grávida de oito meses fui abordada com revólver na barriga, levaram tudo mas saí ilesa[ou quase, rss]

    Estou de volta depois de um susto, com final feliz.

    lindos dias, flor querida
    beijos

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  17. Desisto flor,
    comentei umas tantas vezes mas não aparece nada....
    Estive aqui querida, voltei depois de um susto, mas estou melhor.

    beijos carinhosos

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  18. Teu relato tá perfeito, imaginei toda cena...que susto, hein!! Ainda bem que teve um final não trágico, graças a Deus!

    Beijos.

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  19. Relato perfeito, imaginei toda cena...que bom que não teve um fim trágico, graças a Deus!

    Beijos.

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  20. Relato perfeito, imaginei toda cena. Graças a Deus acabou tudo bem.

    Abraço.

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  21. Oi minha querida!

    Lamento pelo ocorrido: SP tem dessas coisas e a gente NÃO DEVE se acostumar jamais! Fico feliz que nada pior aconteceu. Menos mal.

    Feliz também por você estar com sua irmã por aqui, aliás, eu também estou com a minha - mas vinda da Suíça (!) onde mora há mais de 20 anos... Somos ambas "trés chic, n´est pas?" rs

    beijos moça linda e obrigada por mais uma dica de cinema. Bom fim de semana,

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  22. Anônimo15:19

    Cam,

    Jane Austen, Jane Eyre (também adoro!), acho que vou organizar o clube de leitura virtual...depois te informo...beijos.

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  23. Surreal, como diria a Vivi! O mais bizarro foi o grupo ter voltado ao normal como se nada fosse, apenas alguns minutos depois...

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